Como vemos, o método Iracema Meireles/ A Casinha Feliz gabarita os aspectos preconizados pela ciência cognitiva para a alfabetização.
Mas como é possível que um método criado na década de 1960 esteja em sintonia com a neurociência mais contemporânea? Lembrando que, ainda que desde então tenhamos atualizado e modernizado a Casinha Feliz, a base sempre esteve lá.
A resposta talvez esteja nas palavras da própria Iracema Meireles, explicando a gênese da Casinha Feliz:
“Não inventei nada. Na minha vida de magistério, aprendi a observar a criança, seu modo de agir e reagir, suas dificuldades pessoais. Creio que a professora é tanto mais professora quanto mais e melhor entende seus alunos. O êxito da criança na aprendizagem (portanto êxito também da professora) depende muito mais daquilo que a professora recebe da criança do que daquilo que lhe dá. Se a mestra sabe receber, isto é, aceitar o aluno como ele é, atentar para o que ele traz ou necessita, então tudo dá certo. Como considerar novo o nosso método, se durante mais de dez anos, nós o aprendemos, nós o estudamos em um livro imenso e belo – a Criança?”
* quadro feito por sugestão e colaboração das professoras credenciadas Cristiane Narcizo e Angela Gonçalves, a quem agradecemos muito!